Disk Amizade

Meu, sempre quando vejo na TV o programa do disk amizade me bate uma puta vontade de ligar. Vejo aquela galera com espiríto jovem, se divertindo, conversando na balada, no churrasco, com vários amigos. Cara, tomei coragem ontem a noite e liguei. Nossa meu, fique surpreso, tinha uma galera lá, e todo mundo muito descontraido. Meu, tava numa sala "da hora", com gente de tudo quanto era lugar, falando um monte e rachando o bico. Até que certa hora surgiu uma menina de campinas "Luciene Lulu", Meu não deu outra, os marmanjos da sala começaram um xaveco forte para cima da mina, ai ela lançou assim meu, na lata de todo mundo "Vou para a salinha privê, para quem der o melhor xaveco". Meu, e eu sou um maior xavequeiro, nossa, tiro de letra isso sempre. Cheguei no telefone e mandei, assim meu, meio que de supimpa: "Lulu, seu nome é tão lindo, que parece merece estar na minha caixa de correspondência, casa comigo?". Meu, ela veio na hora para cima de mim, falando que eu era encantador. Meu nessa hora me veio uma coisa no estomago e o telefone chegou a cair.

Na salinha privê ela falou um monte, se sentiu super a vontade comigo e falou das amigas, da familia, dos filmes que ela gosta. Enquanto ela falava eu senti um calafrio, umas borboletinhas no estômago, sinal de paixão.

Ela falou que viria ao Rio, e eu fiquei de pegar ela na rodoviária e dar uma volta.

Meu será que vai dar certo?

Semana Lasqueira

Meu, é sabadão, até que enfim. Nossa essa semana foi brabeira, minha irmã veio para o Rio essa semana e ficou em casa. Adoro ela, mas foi muito embaçada a permanência dela aqui em casa. Por dois motivos, toca o telefone, e ela corria para atender. Meu, ela fica no meu pé dizendo que preciso arrumar uma namorada, qu~e meus olhos azuis são pedras preciosas que precisam ser apreciadas. Enfim, mas ninguém me ligou mesmo, apenas a Dedéia me ligava.

Dedéia é ótima, ela trabalha em uma empresa do mesmo ramo que a minha, a gente se conheceu em um seminário num hotel de cabo frio. Meu ela é um filezão, mas me trata como irmão, isso me mata.

Ela tem me ligado, diz que esta preocupada comigo, que eu tenho andado muito quieto. Sei lá, essa semana eu me abri muito com ela, não sei, tava tomando um vinho em casa, katia tinha ido para cama, e quando fui fumar aquele ultimo cigarro do dia tocou o telefone, era ela. Como eu estava meio de pilequinho devido a taça de vinho, acabei desabafando tudo para dé, meu, é muito foda viver nessa pressão emocional, to numa puta dificuldade de achar uma namorada "da hora" mesmo. E todas as vezes que vou a baronete eu saio de lá com um puta nó na garganta, volto para casa e choro.

Escrevi um poema para estravazar a minha emoção e resolvi publicar aqui. Se chama "A chuva Azul"

"Chuva bate
Coração emudeçe
Telefone não toca
meu ouvido ençurdesse"

Meu, esse dia tava me sentindo um "mano xupim" muito para baixo. Mas passou. Hoje vou ver um pouco de zorra total depois vou sair com o meu amigo Igu Silverale, e a gente vai tentar arrebentar a boca do baláo.

É sexta feira

Pessoal, como eu me liberto na sexta, vai chegando as 17hs, o ar já parece ser outro. Não sei, bate uma vontade de fazer algo diferente, extravassar, sacodir a poeira. Preparei um daqules e-mails bomba é disparei para o pessoal do escritório. Convidei todo mundo para tomar um chope geladissímo no bar do meu flat. A vista é fantástica, mas eu escolhi aquele lugar para morar, pois o contato humano é uma coisa que me atrai.

Bom falei para o pessoal passar lá em casa lá pelas 21hs, quero ainda dar uma volta na praia, semana passada conheci uma mulher maravilhosa no calçadão, não falei com ela na ocasião, pois estava no telefone em um conference call que não podia ser interrompida, raios, odeio conf. na sexta, mas amo o meu trabalho, enfim, quem sabe se nessa sexta animadissima eu encontro aquela loirinha do corpinho escultural.

Segundo o meu cronograma, o meu listerine esta acabando, vou aproveitar que sai de uma reunião exaustiva e vou dar um pulinho no mercadinho aqui debaixo.

Gente, tchau.

Volto a falar aqui em breve. Um fim de semana maravilhoso para vocês.

Minhas Origens

Olá, meu nome é Deivede, tenho mais que 35 e atualmente sou executivo de tecnologia de uma importante empresa, morei com a minha mãe até os 32, idade em que resolvi desbravar uma vida a dois, meu casamento não durou mais do que 2 anos e com 34 me encontrei novamente imerso e preso na minha rotina sistemática. Não vou falar agora sobre o fim do meu casamento com a Deise, afinal quando você meu caro amigo imaginário, me conhecer um pouco mais, entenderá melhor minhas motivações.

É difícil falar sobre mim, por que tenho uma tendência ser metódico, dessa forma quando começo a falar, sou tomado por receio de ter sido extremamente claro. Bom, vamos lá, vou tentar, afinal, minha analista foi precisa ao dizer que seria bom tentar falar sobre mim, sobre o que sinto e os meus medos. Vamos começar?

Nasci em uma pequena cidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo conhecida como Lorena, lugar a onde passei anos maravilhosos da minha vida, sendo uma forte influência na pessoa que vim a me tornar. Minha mãe, dona Dulce, era professora de boas maneiras da alta sociedade e o meu Pai, seu Dorival, dono de um restaurante, que já pertence a família ao menos a 4 gerações. Meu pais sempre foram referência, conhecidos e respeitados por toda a cidade, a assertividade de ambos na minha criação, nunca foi um espanto. Não posso esquecer da Kátia, apesar de ser 5 anos mais nova que eu, logo encontrou o sucesso e, aos 21 anos havia construído, seu pequeno império, uma loja de sapatos própria, Katita Calçados. A influência de papai foi fortíssima, afinal, sua elegância e distinção, deram a ele o apelido de Lorde Lorena, um homem a frente do seu tempo.

Meus hábitos gastronômicos, meu jeito fashion, minha educação refinada, vocês irão conhecer aos poucos. E foi essencial falar sobre as minhas origens, pois as historias que virão por ai serão sobre esse meu jeito, que como dizem os meus amigos, um jeito todo D ser, sacou? Jeito Deivede de ser.